A ANÁLISE DE SINES COMO ATIVO GEOESTRATÉGICO NACIONAL
UM CLUSTER SUPORTADO NAS REDES MARÍTIMAS MUNDIAIS
PAULO JORGE PIRES MOREIRA
Junho 2012 | ppmoreira@live.com.pt
Palavras Chave: Sines | Cluster Marítimo
Referência: MAR+20140124
A competição actual em termos portuários não se resume apenas a uma competição entre os portos, mas sim em termos de redes logísticas aos quais pertencem.
Se o espaço geográfico da competição, corresponde ao hinterland competitivo, a fase correspondente, a de regionalização portuária do hinterland, passa obrigatoriamente pela eficiência e fiabilidade dos fluxos de mercadorias transportados, o que obriga ao investimento nas ligações ferroviárias, o elemento terrestre, sem descurar o desenvolvimento do seu foreland, o elemento marítimo.
Esta premissa orienta a análise de Sines ao longo deste trabalho, numa perspectiva sistémica assente na sua tripla valência como interface marítimo-terrestre, plataforma logística e zona de atracção de atividade industrial que permita constituir-se em cluster regional. Apenas analisado nesta perspectiva holística, se pode aspirar a descrever uma análise profunda, direccionada para o futuro, daquele que surge como um dos grandes activos estratégicos para Portugal.
O alargamento do Canal do Panamá é referido como uma grande oportunidade de crescimento para Sines, da economia regional e da economia nacional. Mas até que ponto isso será verdade e como é que Sines, derivado do seu posicionamento, se poderá tornar efectivamente num grande porto da fachada atlântica da Europa?
Acima de tudo, e talvez mais importante, será preparar o caminho para fazer de Sines uma referência no mercado portuário mundial, um desafio que é também uma oportunidade e que o país não pode perder. O desempenho, medido em termos de eficiência e de eficácia, surge como fulcral para lograr tal objectivo, não apenas em termos micro-económicos, mas também porque o bom ou mau desempenho portuário influencia, em última instância, o bom ou mau desempenho de uma economia. de transporte de carga.